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Amazonas tem 13% de desocupado, diz IBGE

1 de julho de 2022


Os dados da Pnad Contínua mostram que o desemprego no Brasil teve a menor taxa desde 2015, quando foi de 8,3%. A desocupação ficou em 9,8% no trimestre encerrado em maio.


Lívia Viana

(Equipe BN)


Pesquisa do IBGE mostrou recuperação no mercado brasileiro, com mais pessoas ocupadas, um total de 97,5 milhões de trabalhadores.

Manaus (AM) – A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada ontem (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a taxa de desocupação no Amazonas, no primeiro trimestre de 2022, é de 13%, totalizando 256 mil amazonenses desocupados. Em 2021, entre os meses de abril e junho, esse número era de 303 mil. Na região norte do Brasil, é de 11,7%.


A pesquisa do IBGE mostrou uma recuperação no mercado de trabalho brasileiro. Conforme a Pnad Contínua, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,8% no último trimestre, encerrado em maio. Essa é a menor taxa de desocupação desde 2015, quando o indicador registrou 8,3%.


Aumento

Atualmente o Brasil tem cerca de 10,6 milhões de pessoas desocupadas. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, em 2022 o Brasil tem 1,4 milhão de pessoas a menos desocupadas, representando um recuo de 11,5%. O total de pessoas ocupadas no país é de 97,5 milhões de trabalhadores, um número recorde e o maior desde 2012. "Isso equivale a um aumento de 2,3 milhão de pessoas no trimestre e de 9,4 milhões de ocupados no ano", destacou o IBGE.


Em nota, a coordenadora das pesquisas por amostras de domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, afirma que “os números mostram um processo de recuperação das perdas que ocorreram em 2020. No início de 2022, houve uma certa estabilidade da população ocupada, que retoma agora sua expansão em diversas atividades econômicas".


Conforme os dados do instituto, no trimestre compreendido entre os meses de março e maio, o destaque na criação de vagas foi na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.


Expectativa no Amazonas

Os reflexos positivos revelados na pesquisa são sentidos por quem aposta em negócios, como a microempresária, Isabelle Machado, 32, dona de uma loja de roupas que nos últimos dois anos, atuava apenas de forma virtual. Em 2022, Isabelle viu a oportunidade bater à porta, e decidiu expandir o seu negócio. “Como as vendas estão boas, eu decidi abrir minha loja física. A minha expectativa é que, muito em breve, eu possa contratar alguém para me ajudar. Se eu puder contratar mais de uma pessoa, vai ser maravilhoso. No momento, ainda não me sinto segura para contratar, pois estamos tentando superar a pandemia”, ressalta a empresária.


Trabalho em outras áreas

Apesar da melhora nos números, os índices de desempregos no Brasil ainda são altos, e tem provocado um aumento no número de profissionais que aceitam trabalhar fora da sua área de atuação.


“Passei muito tempo procurando um emprego. Foram mais de dois anos desempregada e decidi abrir o leque de opções. Eu queria uma oportunidade na minha área, mas como estava muito difícil, peguei o que apareceu”, diz a recepcionista, Teresa Melo, 28, que é formada em marketing, mas por conta da dificuldade em encontrar uma vaga de emprego na sua área de formação, aceitou a vaga de recepcionista em uma clínica médica. “Mesmo não atuando na minha formação, estou feliz por estar trabalhando”, disse Melo.

Isabelle Machado abriu a loja física e espera em breve contratar funcionários para a loja

A formando em engenharia civil, Maissa Souza, 27, também enfrentou desafios na busca pela recolocação no mercado de trabalho. Depois de muita procura a estudante conseguiu uma oportunidade de estágio em sua área. “Fiquei muito feliz por ter conseguido. Já tinha participado de várias seleções e, finalmente, essa vingou. Sem dúvida foi um árduo caminho, principalmente porque tinha que ser na minha área por conta do estágio obrigatório que é exigido na minha grade curricular”, concluiu a universitária.



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