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Começa o ‘duelo’ de Caprichoso e Garantido na arena do Bumbódromo de Parintins

24 de junho de 2022


A disputa pelo título de campeão promete ser acirrada entre os bois Caprichoso e Garantido nas três noites do festival na arena do Bumbódromo


Nely Pedroso

Equipe BN

Caprichoso e Garantido estão empenhados em mostrar na arena do Bumbódromo de Parintins um grandioso espetáculo nos três dias de evento

Manaus (AM) - Inicia hoje (24), na Ilha Tupinambarana (a 369 quilômetros de Manaus), o 55º Festival Folclórico de Parintins, que promete ser o maior de todos os tempos e rivaliza os bois Caprichoso e Garantido na disputa pelo título de campeão. O festival precisou ser suspenso em 2020 e 2021, por conta da pandemia da Covid-19.


A maior festa folclórica do mundo, realizada em uma arena a céu aberto no meio da Floresta Amazônica, começa às 20h30, com a apresentação do Boi Garantido, que defende na arena do Bumbódromo o tema “Amazônia do Povo Vermelho”, abrindo o festival. Em seguida, será a vez do Boi Caprichoso desenvolver o espetáculo “Amazônia Nossa Luta em Poesia”, fechando a primeira noite da festa.


Os bumbás têm o tempo mínimo de duas horas e, no máximo, duas e 30 minutos para se apresentar com todos os itens oficiais e suas respectivas galeras, que serão julgados tecnicamente pelo corpo de jurados, formado por doutores, pós-doutores e especialistas em folclore popular.


Para a realização do evento, toda a estrutura foi montada pelos organizadores - o Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, com apoio da Prefeitura de Parintins, que este ano esperam receber mais de 50 mil visitantes para assistir as apresentações dos bois Caprichoso e Garantido, as estrelas das três noites do festival.


Que comece a festa e que vença o melhor!


Caprichoso terá apresentação de lideranças indígenas na arena e abraça a luta pela Amazônia


Indígenas de diversas etnias e filha de Chico Mendes, a ambientalista Ângela Mendes, terão participação no espetáculo do boi Azul e Branco

Presidente do Caprichoso, Jender Lobato apresenta o roteiro da apresentação do boi e revela participação de lideranças indígenas na arena

Manaus (AM) - O Boi Caprichoso abraça a luta dos povos da floresta, com os líderes indígenas Dário Kopenawa Yanomami, Gilvana Borari, Alessandra, Luciane e Pauline Mundurucu, da Associação de Mulheres Indígenas Suraras do rio Tapajós, todos impactados pelo garimpo.


E quem chega a Parintins nesta sexta-feira (24), para se juntar às lideranças indígenas presentes no espetáculo "Amazônia Nossa Luta em Poesia", é a ambientalista Ângela Mendes, filha do seringueiro, Chico Mendes.


A participação do grupo foi revelada pelo Caprichoso durante a coletiva de imprensa de anúncio do roteiro do boi de arena do bumbá aberta pelo presidente, Jender Lobato, nesta quinta-feira (23).


A apresentação do projeto do Boi Caprichoso, em defesa do título 55º Festival Folclórico de Parintins, também ficou marcado pela homenagem ao indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Philips feita pelo diretor de comunicação do bumbá, Carlos Alexandre.

Líderes da Associação de Mulheres Indígenas Suraras do Rio Tapajós participam do espetáculo

O Boi Caprichoso emocionou os profissionais presentes com a toada "Vale do Javari", em honra aos defensores da Amazônia, assassinados no dia 5 de junho.


De acordo com o presidente do Conselho de Artes do bumbá, Ericky Nakanome, o Caprichoso leva para a arena do Bumbódromo não apenas a poesia, mas a luta verdadeira. "É uma luta real que o Caprichoso conta, canta e encanta. Escolhemos referendar essas importantes pessoas dentro de suas lutas", reafirmou.


Texto: Assessoria do Caprichoso

Fotos: Michel Amazonas



Garantido abre primeira noite com ritual ‘Karô, Krahô’ e subtema “Povo Vermelho como Brasa”


Na arena o bumbá vermelho e branco exaltará a defesa da luta de todos que habitam a Amazônia, prometem diretores


Nely Pedroso

Equipe BN

Na coletiva realizada ontem, membros da DGE detalham apresentações do boi no festival

Manaus (AM) - O Boi Bumbá Garantido vai inovar hoje (24), na primeira noite do 55º Festival Folclórico de Parintins, ao abrir a festa na arena do Bumbódromo com o ritual indígena “Karô, Krahô”. O roteiro de apresentação nas noites do festival foi divulgado pela Direção Geral do Espetáculo (DGE), durante coletiva realizada ontem (23), para revelar como será desenvolvido o espetáculo “Amazônia do Povo Vermelho”, que será apresentado hoje (24), 25 e 26 no 55° Festival Folclórico de Parintins.


O boi da Baixa do São José promete surpresas, como adiantaram os membros da DGE, Mencius Melo, Rubens Alves, Adan Rene e Allan Rodrigues. “A exaltação e defesa da luta de todos que habitam a Amazônia será a essência da apresentação do Garantido. Tudo com muita emoção”, resumiram em todas as suas falas.


Ritual - No ritual Karõ Krahô, o Pajé vai travar uma luta espiritual para ressuscitar uma pessoa que não estava pronta para morrer. Durante o ritual, o Xamã volta ao corpo do homem morto, o trazendo de volta à vida e o “Povo Vermelho como Brasa” passa para a celebração. Está sendo aguardada para essa noite, a alegoria de Karõ Krahõ , com 42 metros de boca de cena para chegar bem próxima da galera.


No segundo momento, o boi traz para arena a Figura Típica Regional “O Pescador', celebração folclórica com 'Amazônia do Povo Vermelho'.

Presidente do boi, Antônio Andrade, destaca que o momento é muito significativo para o povo parintinense, pois marca o recomeço após dois anos

A Figura Típica Regional é representada pelo caboclo, que emergiu da confluência de diferentes etnias do vale amazônico.

Nesse momento, o Garantido faz uma homenagem ao fundador do boi, mestre Lindolfo Monteverde, que este ano faria 120 anos, no dia de São João, padroeiro do bumbá, e que foi um grande pescador. O bumbá então traz para a arena a luta e a resistência do povo vermelho da Baixa de São José.


Imaginário caboclo

Na Celebração Folclórica “Amazônia do Povo Vermelho”, outro momento do boi, o Garantido faz uma exaltação ao ambiente natural amazônico.


Nesse cenário emergem os encantados do imaginário caboclo, como as histórias do curupira, jumas, mapinguaris, mães d’água e outros seres que trazem no seu bojo o pedido de preservação pelo ecossistema, numa celebração com o povo vermelho ao som da toada “Festa do Povo Vermelho”.


Para encerrar a primeira noite, o bumbá apresenta a lenda amazônica da cobra grande “Quando Honorato Lutou com Caninana”. A lenda, muito conhecida na região, conta a história de duas cobras encantadas da beira dos rios e igarapés que nasceram da mesma mãe. As duas são abandonadas pela mãe e não se relacionam bem. Honorato é cobra dócil, bondosa e festeira, já Caninana é maldosa, cruel e revoltada. Honorato não suporta mais ver Caninana arruinando o ambiente e chegam a um duelo. Nessa luta, haverá o desencante da Caninana que se transfigurará em uma bela mulher.


Segunda e terceira noites - Na segunda noite, o Garantido apresenta 'Lutas, Resistência e Revolução', abordando a representatividade dos povos da Amazônia, como em sua Figura Típica Regional, 'Cabanos da Amazônia. Na Celebração Folclórica, traz a 'Festa do Povo Negro', seguido da Lenda Amazônica representando 'Xandoré e Ticê' e encerrando com Ritual Indígena 'O fim do mundo Karajá'.


Para contemplar a terceira e última noite do Festival de Parintins, o boi Garantido abre o espetáculo com o tema 'Utopia Vermelha'. 'O viajante dos rios da Amazônia' será apresentado como Figura Típica Regional, ‘O mamulengo do folclore Parintinense’ como Celebração Folclórica, 'Teperecique, o Senhor das águas' como lenda Amazônica e Ritual Indígena com o 'Ritual Tenharim'.


Apresentação humana - A coletiva contou com a presença do presidente, Antônio Andrade, da vice, Ida Silva, itens oficiais e Direção Geral do Espetáculo (DGE). Andrade destaca a apresentação 'humana' que o Garantido mostrará na arena. “Essas três noites significam muito porque é um recomeço. Após dois anos voltamos, por nós mesmos e por aqueles que não conseguiram voltar. Estamos juntos para fazer aquilo que o povo parintinense sabe fazer com muita maestria que é essa belíssima festa”, disse o presidente.


A vice-presidente, Ida Silva analisa que não basta apenas estar à frente de uma administração, mas é necessário o empoderamento feminino em todas as nuances da sociedade, pois segundo ela, vivemos em uma outra era onde a mulher pode estar onde quiser e, inclusive, na arena, sendo isso que o boi mostrará.


Texto: Com informações da Assessoria do Boi Garantido

Fotos: Divulgação

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